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Titãs e Orquestra Anelo lançam versão inédita do clássico “Comida”, com um toque de jazz

Sucesso da banda de rock Titãs, a música “Comida” ganha uma nova versão, cujo vídeo foi lançado nesta quinta-feira, dia 17 de dezembro, no canal da banda no YouTube


Foto: Silmara Ciuffa/reprodução


Desta vez, Branco Mello, Sérgio Britto e Tony Bellotto se juntaram à Orquestra Anelo, maior grupo instrumental pertencente ao Instituto Anelo, de Campinas, para uma gravação que confere toques jazzísticos à canção escrita em 1987 por Sérgio Britto, Arnaldo Antunes e o saudoso guitarrista Marcelo Fromer (1961-2001).


Com arranjo do regente Guilherme Ribeiro, “Comida” foi gravada à distância, devido à pandemia do novo coronavírus, e envolveu 45 pessoas. Além dos 21 músicos da Orquestra e dos Titãs, a nova versão conta com a participação de 21 integrantes dos coros do Instituto Anelo. A edição de imagens é de Julia Mazzotti Toledo e a mixagem de som de Henrique Manchuria, respectivamente pianista/produtora e trompetista da Orquestra Anelo.


A parceria entre os Titãs e o Instituto Anelo, associação sem fins lucrativos que há 20 anos oferece aulas gratuitas de música na região do distrito do Campo Grande, periferia da cidade de Campinas, começou em 29 de dezembro de 2018 no programa “Caldeirão do Huck”, da Rede Globo. Na ocasião, o grupo cedeu à instituição os direitos autorais da versão remix de “Epitáfio”, feita juntamente com o DJ Alok.



Desde então, a banda tem acompanhado o trabalho realizado pelo Anelo. Em 26 de outubro de 2019, aproveitando um compromisso profissional na cidade, Branco Mello, Sérgio Britto e Tony Bellotto visitaram a sede do Instituto pela primeira vez. Já em 26 de junho de 2020, cinco músicos do Anelo participaram da live “Titãs Trio Acústico”, realizada no canal oficial da banda no YouTube. Mais recentemente, o grupo doou instrumentos e equipamentos musicais à instituição.


Com a gravação do vídeo de “Comida”, essa parceria dá mais um passo importante. Sobre a escolha da canção, Luccas Soares, fundador e coordenador geral do Anelo, afirma: “Essa música fala por si só, ainda mais num momento tão difícil como este que estamos vivendo”. Ele cita, por exemplo, os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no último dia 17 de setembro, sobre o aumento no número de pessoas sem acesso regular à alimentação básica – são 10,3 milhões de brasileiros, 3 milhões a mais em relação ao levantamento anterior.


“Eu nunca imaginei que a música fosse permanecer durante tanto tempo. Aliás, eu nunca imaginei que a gente fosse permanecer tanto tempo como banda e que as nossas canções fossem resistir ao tempo, não só essa como outras. É sempre uma surpresa agradável ver que o que você fez na juventude segue relevante, ainda faz sentido para muitas pessoas e é um recado pertinente”, diz Britto.

Sobre gravar com a Orquestra Anelo, Britto diz que a experiência foi ótima e diferente. “Eu já conhecia alguns músicos do Instituto Anelo. Mas ver eles tocando aquela metaleira, o arranjo de metais… Ficou maravilhoso, com pitadas de jazz e de rhythm and blues”, disse, ressaltando que o arranjo deu uma cara diferente para uma música que já foi gravada por nomes como Ney Matogrosso e Marisa Monte, além das versões acústicas e elétricas feitas pelos próprios Titãs e, mais recentemente, em parceria com Elza Soares. “Mas essa com o Instituto Anelo ficou muito bacana, tem sua cara, sua personalidade.”


Bellotto diz que trabalhar com o Anelo é sempre uma experiência muito gratificante, porque o que permeia todo o projeto é uma energia muito grande de solidariedade. “E essa solidariedade expressada pela música torna tudo especial. É muito legal ver músicos de alto gabarito formados nesse projeto tão interessante, tão solidário e tão amoroso na acepção mais profunda da palavra. Vale mais do que qualquer coisa, do que dinheiro, do que sucesso. Participar de um projeto com tanta energia, com tanta verdade, com tanto carinho, com tanta solidariedade, é o que conta”, afirma. “Foi muito bom fazermos mais essa parceria musical com o Instituto Anelo”, diz Branco.


Orquestra Anelo | Foto: Edis Cruz

Orquestra Anelo


Iniciada em 2018, a Orquestra Anelo é dedicada à formação de repertório arranjado, tendo a música brasileira e o jazz americano como referência estética. Conta atualmente com 22 integrantes entre professores e colaboradores do Instituto Anelo. Sua formação deriva de uma tradicional big band de jazz, mas também incorpora instrumentos característicos da música brasileira como o acordeon, o cavaquinho, a percussão e a flauta transversal. É dirigida pelo músico, compositor e arranjador Guilherme Ribeiro.

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