Realizada em dezembro de 2017, a Jazz Mansion #10 esgotou ingressos em 5 dias para cerca de 1.000 pessoas em uma das mansões mais deslumbrantes por onde o evento já havia passado
Definitivamente podíamos deixar de chamar a Jazz Mansion de evento e começar a chamá-la de experiência. Foi assim que a nossa décima edição foi nosso divisor de águas.
O projeto surgiu em 2016 à partir de um evento para 100 pessoas em um casarão da década de 20 na Vila Mariana. O propósito de ocupar mansões e casarões históricos desocupados com shows de jazz pautou nosso caminho no decorrer de cada edição. A ideia era ser um evento acessível e de boa qualidade musical.
No decorrer de 2017 o evento sempre levou as mesmas características, com palco pequeno, 2 shows durante o dia e espaços que comportavam de 300 à 500 pessoas.
Porém, em dezembro daquele ano, completávamos nossa décima edição e a ideia era fazer algo especial, diferente do que havíamos feito nas 9 edições anteriores. Por isso, viabilizamos uma edição no Nacional Club, o casarão que mais preservara sua história de todos que já havíamos passado, sendo palco para uma de nossas edições mais memoráveis.
Projetada pelo arquiteto Jacques Pillon, a casa foi construída para a chegada do presidente da empresa Pirelli no Brasil em 1950. Como a região do Pacaembú ainda era pouco povoada na época, a esposa do empresário não gostava da casa, o que fez que o casal vivesse por lá durante apenas 8 meses.
Contando com projeto do arquiteto Jacques Pillon, ela pertenceu também ao banqueiro Orozimbo Roxo Loureiro, dono do Banco Nacional Imobiliário.
No piso térreo, há uma biblioteca e um bar estilo inglês, e na área externa a casa conta com uma piscina e o jardim assinado por Roberto Burle Marx e e Di Cavalcantti. No andar de cima, seis salas e quartos e um imenso banheiro social revestido de mármore — nos anos dourados, barbeiros e engraxates davam plantão ali.
Há um livro de assinaturas do clube, com as maiores personalidade que passaram por lá, como Chico Xavier, Juscelino Kubitcheck e Pelé.
As mudanças no projeto começavam pelo 'Save The Date'. Há 10 edições com a mesma identidade, resolvemos mudar nosso visual com uma comunicação impactante, com as mãos de Miles Davis fotografadas por Irving Penn na arte de lançamento.
Nosso cartaz, criado pelo designer Victor Bulizani, também carregava o peso dessa edição, inspirado em cartazes de shows de jazz antigos de Chicago.
Na lançamento também criamos um novo formato de vídeo convidando os artistas principais do evento para a gravação de um take sem cortes fazendo um som com um piano antigo que havia na mansão.
Alex Albino e Ari Borger nunca haviam se visto, muito menos tocado juntos, mas foi necessário apenas um bate papo antes da gravação e algumas uma passada de som para criação dessa obra-prima:
O evento também contou com um set especial da Luísa Viscardi que quebrou tudo mesmo depois de chegar virada no evento por conta de um casamento que havia tocado durante a madrugada em Ilha Bela, na noite anterior à Jazz Mansion.
Nunca antes havíamos montado um palco tão especial, com uma decoração feita em garrafas de Jameson reutilizadas criando um charme especial para os shows.
Ari Borger subiu ao palco com um piano Baldwin da década de 60, que há tempos habitava a mansão, e adaptamos nosso palco para essa união. O encontro das mãos de Ari com esse piano histórico foi a cereja do bolo no primeiro show.
Mas foi a banda Blackalbino que fez aquela casa nunca mais ser a mesma. Em uma apresentação monumental, Alex Albino cantou, tocou, dançou e contagiou a platéia de uma maneira nunca antes vista.
Tantas histórias aconteceram naquele domingo que não cabem num post só. Quer saber mais? Vamos conversar, entre em contato pelo Whatsapp no rodapé desse site :)
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